O Transtorno do Espectro Autista é uma condição de neurodivergência que tem estado cada vez mais em destaque na sociedade, principalmente pelos avanços nos métodos avaliativos e protocolos que buscam identificar, o mais precocemente possível, as crianças que se encontram dentro desse quadro. Buscar a intervenção precoce potencializa o desenvolvimento da criança para que ela consiga ter condições, o mais cedo possível, de atingir os Marcos do Desenvolvimento esperados e ter uma vida autônoma, diminuindo a necessidade de suporte.

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade/Impulsividade é uma neurodivergência que afeta as habilidades de atenção, foco, inibir impulsos e envolvimento com atividades cotidianas. É uma condição que pode ser facilmente confundida com “preguiça” devido a dificuldade da pessoa em se envolver, iniciar e finalizar tarefas e atividades que não estejam dentro dos seus interesses, o que acaba gerando intenso sofrimento a partir das pressões e cobranças que sofre. Ter auxílio para desenvolver formas de vencer a “procrastinação”, aumentar o engajamento nas atividades e organizar rotinas interessantes e motivadoras vai, com certeza, trazer aumento significativo na qualidade de vida, diminuindo o estresse e a ansiedade.

A ansiedade é uma condição natural para todas as pessoas, mas quando começa a afetar a qualidade das nossas atividades ela pode se tornar patológica. Outros dois nomes que podemos dar a esse sentimento são “preocupação” e “medo”, uma vez que a Ansiedade é a maior responsável por trazer à nossa mente todos os mais diversos quadros de possibilidade de alguma coisa ruim acontecer. Com crianças e adolescentes é muito comum ela ser dividida de acordo com os momentos em que ela aparece e como lidamos com ela (Mutismo Seletivo, Ansiedade de Separação, Ansiedade Social, Ansiedade Generalizada, Fobia). Ter ajuda para identificar as situações e ambientes que causam Ansiedade, aprender técnicas de relaxamento e mudar formas de pensar são uma ótima forma de conseguir enfrentar os pensamentos intrusivos e as sensações de desconforto que inundam o corpo e pensamento nesses momentos.

As dificuldades socioemocionais são resultados do desalinhamento entre Pensamento, Sentimento e Comportamento. Em todas as situações, a forma que pensamos quando estamos diante de um problema é preditor do que o indivíduo irá sentir e quais comportamentos terá diante dele; porém, nem sempre as pessoas lidam da melhor maneira ou tomam as melhores atitudes diante das dificuldades. Identificar o descompasso dentro dessa tríade (Pensamento – Sentimento – Comportamento) é essencial para seja possível agir no mundo de forma totalmente autônoma e consciente e evitar traçar caminhos que causem mais dor e sofrimento. Aprender a lidar com as dificuldades afetivas e calibrar os pensamentos é um dos principais passos para as possibilidades de mudança e transformação.

O Desenvolvimento Infantil, que tem seu maior salto entre 0 e 6 anos de idade da criança, não acontece de forma linear, porém, isso não significa que não são esperadas certas habilidades e competências nos diferentes estágios e idades. A idéia de que “cada criança tem seu tempo” não é totalmente equivocada, mas é extremamente importante saber que existem momentos mais adequados para que determinados comportamentos apareçam, e quando a criança não atinge o desenvolvimento esperado para sua idade é possível identificar um atraso. Esse atraso pode ser justificado por diversos quadros de saúde (Transtorno Global do Desenvolvimento, TEA, TDAH, TDI, Deficiência auditiva/visual etc.) e ambientais (falta de estimulação, excesso de telas, pouco contato com outras crianças, etc.) e é com o acompanhamento clínico comportamental que a criança e/ou adolescente irá atingir os Marcos esperados para que possa alcançar seu pleno desenvolvimento e autonomia.

À medida que as pessoas vão crescendo elas também vão sendo inseridas em diversas situações e contextos, ao mesmo tempo, a quantidade de tarefas e responsabilidades vão aumentando e se tornando cada vez mais complexas. A psicoterapia ABA tem o propósito de auxiliar nesses processos de desenvolvimento e aprendizagem buscando melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ajudando as pessoas a lidar de forma diferente com as diversas situações cotidianas e seus desafios.

A autonomia é um dos maiores pilares de um adulto responsável e consciente. Desenvolver habilidades motoras, cognitivas, linguísticas, sociais, emocionais faz parte do processo de desenvolvimento da independência, porém nem sempre o caminho para atingir essas habilidades é claro; para isso, é necessário construir um conjunto de habilidades que vão auxiliar no florescimento das sementes que são plantadas por nós durante nossa infância e adolescência.

É a habilidade de conseguir olhar e refletir a respeito de si mesmo, a respeito dos próprios sentimentos, pensamentos e comportamentos. É no momento em que o olhar é voltado para dentro que se torna possível identificar o que incomoda, abrindo possibilidades de enxergar os caminhos para a mudança.

É a forma mais amorosa, afetuosa e acolhedora de olhar para si. O autocuidado permite ao indivíduo aceitar suas dificuldades como parte de si ao invés de negá-las; ajuda a pensar em si mesmo com mais amor e respeito, entendendo seus processos.

A autoestima diz respeito à forma com que as pessoas se sentem e se enxergam. Ela está diretamente ligada à autoimagem e se sustenta nas nossas figuras de apego, como amigos e familiares, e também nas conquistas que temos, como quando realizamos uma tarefa que consideramos difícil ou nos destacamos em alguma atividade.

É o resultado que se busca através da psicoterapia. Conhecer a si inclui saber suas dificuldades e potências, é conseguir impor limites nas relações e ver sentido nas escolhas que se faz. Através do autoconhecimento podemos elevar nossa autoestima, uma vez que já é possível reconhecer-se por inteiro e firmar-se enquanto indivíduo.